Nascido em 1908, Pernambucanas cruzou cerca de 12 décadas no difícil segmento de varejista brasileiro porque se apegou a um lema: ser uma referência para a família brasileira. Em particular, o do Brasil Real, no qual 75% da população está em classes de CDE, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).
“Em Pernambucanas, uma coisa não é negativa: sem saber de onde viemos”, disse Igor Borges, diretor de vendas da empresa, no qual trabalha há 18 anos. “Mesmo quando falamos sobre o futuro, sempre priorizamos nossa história.” Borges está à frente de uma cadeia de 485 lojas em 15 estados, além do distrito federal e das receitas de R $ 5 bilhões.
Uma empresa cuja jornada é o próprio retrato nacional. Imigrante, plural, multirregional e empreendedor. E essas características construíram sua tradição e seu legado. Ao longo deste conjunto, as Pernambucanas receberam na quinta-feira (7), os estabelecimentos tradicionais de 2025 do Commerce Commerce de São Paulo, criados este ano pela agência de notícias da DC, que pertence à Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
The award has already been delivered to another 17 establishments – Santa Tereza Bakery (founded in 1872), Carino Ristorante (1881), Casa Godinho (1888), Italianinha Bakery (1896), July 14 (1902), Doural (1905), Bar Guanabara (1910), São Domingos (1913), King Filet (1914), Ponto Chic (1922), Lorenzetti (1923), Cantina e Pizzaria Castelões (1924), Emporium Syrio (1924), The Fidalga (1928) e Di Cunto (1935). Mais oito serão conhecidos até o final de 2025, totalizando 25 contemplados.
Um sueco em busca de oportunidades
As empresas do centenário são feitas de dois ingredientes: resiliência e cicatrizes. No caso de Pernambucanas, é necessário voltar à sua fundação em 1908, mas até a primeira metade do século XIX, quando Herman Theodor Lundgren (1835-1907) nasceu na cidade sueca de Norrköping, a 165 km de Stockholm.
Aos 20 anos (1855), após oportunidades, ele desembarcou no Rio de Janeiro. Empreendedor e em busca de uma área de especialização, perceberam que a capital brasileira era um ambiente saturado. Ele decidiu ir ao nordeste até se estabelecer em recife. Na capital Pernambuco, também fluente em inglês e alemão, começou a trabalhar no Porto.
Ele era um intérprete de navegadores e comerciantes estrangeiros e logo entrou no mundo do comércio exterior. Ganhou dinheiro e decidiu abrir no país a primeira fábrica brasileira de pólvora – Fábrica de pó da sociedade de Anônyma PernambucoFabricante de pólvora de elefante – usada não apenas para fins de guerra, mas também no setor de extração.
Décadas depois, no início do século XX (1904), a veia empreendedora o levou, até bem estabelecida, a comprar a empresa Paulista Fabric, em Paulista, depois o distrito de Olinda e hoje município, na região metropolitana de Recife. Era uma pequena fábrica praticamente abandonada.
Herman Lundgren-Who se casara em 1877 com Ana Elisabeth Stozenwald (1847-1934), com quem teve cinco filhos-quase 70 anos e começou com sua família na indústria de tecidos.
A fábrica se tornou, de acordo com os registros da área de memória de Pernambucanas, em uma instituição modelo, iniciando uma nova forma de patrocínio. “Os trabalhadores tinham assistência médica, escola para seus filhos, moradia e uma loja com os primeiros artigos carentes”.
Produção de itens populares
A empresa é especializada na produção de itens populares, como Cheetah, tecidos impressos e artigos de cama e banho. Para controlar não apenas a produção, mas também para drenar as vendas, vem a idéia de criar o varejista.
Era o embrião de Pernambucanas. Foi oficialmente fundado em setembro de 1908, um ano e sete meses após a morte do patriarca – sendo oficialmente considerado seu fundador póstumo.
A empresa, mantendo sua veia inovadora, traz outra particularidade: tem praticamente o duplo local de nascimento. Em Pernambuco, onde ele inicialmente ganhou o nome de lojas Paulista, mas também em São Paulo.
A área de memória de Pernambucanas diz que considera oficialmente a primeira loja de todo o grupo A da Sé Square em São Paulo.
Nos registros da ACSP, Arthur Herman Lundgren & CIA é apresentado na cidade em 1908. Estar em São Paulo seria inevitável para se tornar nacional. No censo de 1890, Recife teve 111.000 habitantes, quase o dobro do que os 65.000 Paulistanos. Dez anos depois, no censo de 1900, Recife era o mesmo, tinha 113.000. Já São Paulo, 240 mil: mais que o dobro.
Estabelecido no solo de São Paulo, logo vem o nome Fantasia Pernambucanas. Por que? Para o Lundgren, manter seus laços explícitos com a origem no estado do nordeste era uma condição sine qua non. “A bandeira da Pernambucanas, esta marca, é muito forte. E nos dá credibilidade com nossos clientes”, disse Borges.
Inovação e respeito pelas origens crescerem
A inovação, pioneira e respeito pelas origens fizeram a empresa se multiplicar. E tornar -se uma referência muito além do mundo do varejo. Uma antiga anedota disse que se tornar uma cidade apenas, mesmo a mais remota do país, ter uma igreja, uma agência de Bradesco e uma loja Pernambucanas. Marca que sempre navegava antes do tempo.
Nesta trajetória mais do que o centenário, o Igor Borges destaca três dimensões muito antes do tempo. Mesmo no hoje, comentou o mundo da equidade. “A questão do empoderamento feminino aqui remonta a pelo menos a década de 1970”, disse ele. Hoje, 70% da estrutura de 13.000 funcionários é de mulheres.
Dois outros pontos igualmente atenciosos e avant -garde para o meio ambiente do país, e o mundo do varejo em particular, foram a pulverização de crédito e a aposta na publicidade. “É muito comum os nossos clientes nos dizer que fizeram a primeira compra porque conseguiram instalar”. Seja o tecido para o casamento ou a primeira bicicleta a ir de casa para o trabalho. O que hoje é o padrão é devido à empresa. Desde o início do século passado. “Pernambucanas sempre foi pioneira e decisiva na democratização do crédito”.
E o campo da publicidade também estava na veia de Lundgren. A história da empresa diz que os funcionários foram instruídos e proeminentes a pintar o nome Pernambucanas em “Portes [de fazendas] E grandes pedras através das cidades ”, de acordo com a família Lundgren – memórias, valores e legado.
Quem bate? O frio!
A aposta na publicidade gerou Marcos brasileiros. A ‘seriedade absoluta’, ‘onde todos compram’, ‘ramos em todo o Brasil’ eram, de acordo com a família Lundgren, slogans da marca de que “nas décadas de 1940-1950 se tornou a maior rede de varejista brasileira”. Mas nada superaria uma campanha. “O frio bate na porta”, disse Igor Borges.
Criado no início dos anos 1960, inicialmente para o rádio, o jingle é de Heitor Carillo. E em 1962, foi adaptado à TV, tornando -se um clássico de publicidade brasileira. A peça começa com a imagem de uma boneca de boneco de neve um pouco fantasmagórica batendo em uma porta:
“Quem bate?” Pergunta a uma mulher, a dona de casa.
“O frio”, responde a boneca.
“Não adianta bater, eu não deixo você entrar”, responde a mulher.
“Casas Pernambucanas vai aquecer minha casa”, a mulher termina.
Esse tipo de campanha, de acordo com Borges, expandiu a conexão entre marca e público. “Até hoje, as pessoas que encontramos em todos os lugares do país se lembram”, disse o executivo.
Naquela época, no início da segunda metade do século XX, as gerações seguintes de Lundgren já haviam tornado obrigatórios algumas recomposições de ações. A empresa ganhou ainda mais envergadura e capilaridade, mas ao mesmo tempo enfrentou um problema clássico de empresas familiares: governança.
Com as novas gerações, o grupo foi compartilhado e, no segmento de varejo difícil, esta é uma etapa delicada. No caso da marca, o destino queria que, diferentemente dos outros, o braço sediado em São Paulo duraria.
Centennial e mais grupo
Borges diz que o grande diferencial para a longevidade até agora é “oferecer produtos e serviços financeiros que se encaixam nos bolsos dos clientes”. Segundo ele, isso sempre guiou a empresa.
Em um grupo centenário, a construção da cultura pode ser positiva (permeando todas as áreas) e um problema (quando você precisa mudar o curso). No caso de Pernambucanas, Borges diz que a empresa dribla esse suposto dilema de uma maneira simples. “Esteja focado”, disse ele. “É uma prioridade para nós focarmos em nosso pessoal, nos funcionários. E isso se desenrola para nossos clientes”.
Pernambucanas, com todas as suas cicatrizes e, acima delas, com todas as suas realizações, é uma jornada quase única no varejo brasileiro.
Pedimos a Borges que defina o passado, o presente e o futuro da marca com apenas uma palavra.
Ele disse: “Passado: pioneiro”. “Presente: Transformação”. “Futuro: legado”.
Finalmente, quando perguntamos … “Se você pudesse voltar no tempo e dizer algo a Herman Lundgren e aos fundadores de Pernambuco, o que você diria?”
“Eu diria: ‘Você está construindo algo grandioso”, disse Borges. – “Algo que realmente transforma a vida de funcionários, clientes e comunidades em torno das lojas”. -“Porque o bem simples sempre funcionará. E isso vai atravessar gerações”.
Como tem sido o caso há 117 anos.
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