O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, reiterou o compromisso de fazer a inflação convergir no centro da meta de 3%. Ele negou a possibilidade de buscar o intervalo superior do alvo, 4,5%. “A meta é de 3%: não recebi uma sugestão ou conselho, há um decreto que definiu que a meta é de 3%”.
“O intervalo é absorver choques temporários externos, exógenos. Um choque de oferta, um choque em moeda, tem um tampão para absorver esse choque. Mas não é uma clemência”, disse Galipo.
Respondendo a perguntas de associações e parlamentares, Galipolo lembrou que o BC não tem objetivo de taxa de juros, mas a convergência da inflação. Ele repetiu várias vezes que o Comitê de Política Monetária (Copom) está comprometida em alcançar a meta sem buscar.
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“Estou plenamente ciente de que, colocando a taxa de juros em 15%, dificilmente e meus colegas do Copom vencerão o torneio Miss Simpathy no ano de 2025. Mas eu durmo muito quieto sabendo que o que estou fazendo é cumprir o objetivo e perseguir o objetivo”, disse ele.
Ele lembrou que deveria ter o “recorde infeliz” de ser o primeiro presidente do BC a escrever, em seis meses, duas cartas para justificar o não conformidade com o alvo. Isso ocorre porque em 2024 o IPCA estava acima do objetivo. A partir deste ano, a meta foi contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses – que deve superar o teto em junho.
Facilitar o acesso a linhas de crédito
Galipolo argumentou novamente que é importante expandir o acesso da população a linhas de crédito de menor custo. Linhas com taxas de juros muito altas diminuem a sensibilidade do crédito à política monetária, ele destacou.
“Temos que tentar facilitar o acesso a essas linhas de crédito, que são adequadas para o problema das pessoas”, disse ele durante uma palestra em um evento parlamentar de empreendedorismo (FPE) em Brasília.
A Galipolo defendeu novamente a importância de aumentar a colaboração de crédito, a fim de reduzir a percepção de risco e os juros cobrados. A agenda de inovação da BC, disse ele, é importante porque aumenta a liquidez dos ativos e facilitando o uso de garantias.
Poder e eficácia da política monetária
Galipolo também disse que o poder e a eficácia da política monetária têm a ver com a capacidade do município de comunicar suas decisões.
Ele ressaltou que a comunicação sobre a política monetária tem seu próprio dialeto e disse que é importante que os bancos centrais também possam se comunicar com a sociedade como um todo.
“A obrigação é do Banco Central ser capaz de modular seu discurso, de poder ampliar e alcançar uma camada maior da sociedade de sua comunicação e informação”, disse Galipolo, ponderando que a comunicação é necessária.
Fatores como a prevenção de golpes de fraude também exigem uma nova comunicação mais aberta, disse ele. Galipolo aproveitou a oportunidade para elogiar a qualificação técnica da equipe focada na comunicação no município.
“É necessário ‘normalizar’ a política monetária do Brasil”
Galipolus repetiu que há evidências de entupimento em canais de transmissão de taxas selo para a economia, o que requer taxas de juros mais altas do que em países semelhantes.
“O tema que geralmente causa estranheza quando você fala com outros economistas de outros países, especialmente outros banqueiros centrais, é o que o Brasil vive com taxas de juros em um nível superior e, no entanto, pode atuar do ponto de vista da apresentação de atividades econômicas dinâmicas”, disse ele.
Ele ressaltou que alguns subsídios cruzados parecem ter um impacto na transmissão da política monetária, como o uso do crédito rotativo pelas famílias. Como os juros da modalidade excedem em muito o selo, eles são pouco sensíveis à taxa básica.
“Subir de 10% para 15% selo tem basicamente o mesmo efeito para o cara que está pagando uma taxa de 300%. A sensibilidade é baixa”.
O presidente do BC também mencionou que uma série de empresas no Brasil pode emitir títulos de dívida com taxas de juros mais baixas do que as das emissões nacionais do Tesouro. Ele também citou o financiamento imobiliário, dependente da conta poupança, que gera menos do que a taxa de juros básica e cujo financiamento foi estruturalmente, segundo ele.
“Como podemos desfazer algumas dessas distorções? Não será simples”, disse Galipolo. “Nesse caso, não haverá bala de prata”.
Autoridade monetária
Ao mesmo tempo, Galipolo defendeu a importância de fortalecer a institucionalidade da autoridade monetária. Para o presidente do BC, o fato de o mercado ver a possibilidade de alguns membros do copom não perseguirem o centro da meta reflete uma “canda institucional”.
“A idéia de que, dependendo de quem eu coloquei lá no BC, ele pode perseguir mais ou menos a meta, que tem uma meta pela qual passamos até você, mas não é que você realmente a perseguir, sugere uma canda institucional que me preocupa muito”, disse Galipo.
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