O grupo de luxo francês Hermès aumentará os preços nos EUA desde o início de maio para compensar o impacto das tarifas de Trump, disse o diretor financeiro da empresa na quinta -feira (17).
A empresa – famosa por suas sacolas Birkin e Kelly e toalhetes coloridos que custam centenas de dólares – também vendem jóias, relógios, sapatos, perfumes e maquiagem.
“O aumento de preços que implementaremos será apenas nos Estados Unidos, pois deve compensar tarifas que se aplicam apenas ao mercado dos EUA. Portanto, não haverá reajustes em outras regiões”, disse Eric du Halgouët, vice -presidente executivo da Hermès, durante uma conexão com analistas após os resultados do primeiro trimestre.
Hermès declarou que os preços aumentarão a partir de 1º de maio e que o objetivo é “compensar completamente” o impacto da tarifa universal de 10% imposta pela Casa Branca no início de abril – em vez dos 20% que a União Europeia pode enfrentar, se não puder negociar um novo acordo dentro de 90 dias de trégua concedido por Trump.
Os consumidores americanos devem enfrentar preços mais altos em vários itens, eletrônicos e roupas para carros e imóveis, de acordo com os efeitos das tarifas intensificadas.
Hermès Sales Growth Descera
Nos resultados do primeiro trimestre, a Hermès registrou um crescimento de 11% nas vendas nas Américas, que representaram quase 17% da receita no período.
O crescimento total da receita no trimestre foi de 7% em uma base de moeda constante – abaixo da expectativa de consenso, que foi de 8% a 9%, de acordo com analistas do Deutsche Bank. Também representou uma desaceleração em relação ao crescimento de 17,6% no quarto trimestre de 2024.
Ainda assim, os analistas do Deutsche Bank consideraram os resultados “robustos”, apontando para a fragilidade nas vendas de relógios e perfumes, enquanto o Citi classificou os números como “um resultado respeitável”.
As ações da Hermès caíram 1,3% nas negociações da manhã de quinta-feira, com o valor de mercado atingindo 24,5 bilhões de euros (US $ 278,2 bilhões)-claramente abaixo dos 245,7 bilhões da LVMH, de acordo com o cálculo da CNBC com base nos dados da LSEG.
LVMH, controlado pela família bilionária Arnault, tentada – sem sucesso – adquiriu Hermès por uma década. Apesar da equalização do valor de mercado, a receita anual de Hermès é inferior a um quinto da LVMH, que possui marcas como Louis Vuitton e Dior, a Moët Hennessy Beverage Company, a American Jewelry Tiffany e a Sephora Cosmetics Network.
Na terça -feira (15), a LVMH registrou uma queda inesperada nas vendas do primeiro trimestre, destacando o retiro em seu segmento de moda dominante e itens de couro.
Os analistas prevêem que o setor de luxo será menos afetado por tarifas do que outros varejistas, pois é mais fácil transmitir custos de importação para clientes de alta compra. No entanto, o segmento pode enfrentar obstáculos relevantes se uma desaceleração no consumo causada por um fraco crescimento econômico ou recessão global.
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Este conteúdo foi fornecido por CNBC International e a responsabilidade exclusiva pela tradução portuguesa é do Times Brasil.