O governador de Ceará, Elmano de Freitas, disse que o estado está em articulação com o governo federal, federações de negócios e setores produtivos para reagir a possíveis medidas tarifárias dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Segundo ele, um grupo de trabalho foi criado para discutir cenários e definir estratégias do 1º, quando os efeitos das decisões dos EUA devem ser conhecidos. “Temos um grupo de trabalho envolvendo o governo do estado, a Federação de Indústrias, a Federação da Agricultura de Ceará e o Ministério, para estar pronto para as medidas necessárias”, disse ele.
Encontro com o vice-presidente
O governador participou de uma reunião com o vice -presidente da República, Geraldo Alckmin e representantes de setores como aço, peixe, granito, cera de carnauba e caju. Para Elmano, a reunião permitiu alinhar informações com o governo federal e preparar ações conjuntas.
Segundo ele, as conversas permitiram apresentar preocupações específicas de cada segmento e estabelecer uma base de colaboração. O setor de pesca foi citado como um dos mais sensíveis, com 30% da produção de Ceará para exportação para os Estados Unidos.
“O setor de peixes é muito afetado. O mercado americano é fundamental para Ceará”, disse ele.
Elmano também mencionou os segmentos de energia eólica e aço. No caso da indústria eólica, o impacto seria mais perceptível no planejamento estratégico das empresas. No setor de aço, a taxa de 50% já em vigor gera preocupações nacionais, embora o impacto direto no Ceará seja considerado específico.
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Diálogo com empreendedores e pressão bilateral
O governador afirmou que a orientação é procurar diálogo com empreendedores locais que têm relações comerciais com o mercado dos EUA. Segundo ele, o objetivo é intensificar o diálogo bilateral e também mobilizar compradores dos EUA para pressionar o governo de seu país por uma solução negociada.
“Vamos para empreendedores da Ceará que vendem ao mercado americano para conversar com aqueles que compram e pressionar por um diálogo razoável com o governo dos EUA”, disse ele.
Ele reiterou que os empreendedores brasileiros e americanos estão interessados em manter um relacionamento comercial equilibrado. “Não importa uma perda para o Brasil e os Estados Unidos. Queremos uma vitória”, disse ele.
Possíveis medidas após o 1º
O governador sugeriu a criação de uma comissão com o Secretariado de Finanças, Procurador Geral do Estado, Federação de Indústrias e Federação da Agricultura para analisar diferentes cenários tarifários.
“Se a taxa for 30%, quais medidas serão necessárias? Se for 20%, você precisa de medidas? Se for 40%?” Ele perguntou.
Ele enfatizou que, no 1º, o foco deve ser a intensificação das negociações. Somente após a decisão concreta, medidas específicas serão tomadas. “Não é razoável anunciar a medida antes. Parece que não estamos acreditando na negociação”, disse ele.
O governador também informou que uma comissão de governadores será criada para acompanhar a questão com o governo federal. “Esta é uma questão que afeta a vida de nossas empresas e os empregos das pessoas que trabalham nelas”, concluiu.
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