EXCLUSIVO: CEO da GWM revela próximos passos da expansão da marca no Brasil – Times Brasil

A retomada do Salão do Automóvel de São Paulo, após sete anos, marca a primeira participação da GWM no evento. A montadora exibiu o novo Haval H6 produzido em Iracemápolis e apresentou as atrações globais Tank 700 e E-G9. E o Tempo real conversou com o CEO da operação brasileira, Diego Fernandes, que detalhou os próximos passos da expansão da marca no país.

Fernandes destacou que a volta do Salão tem um forte peso estratégico para a marca no Brasil. É a primeira participação da GWM no evento e a oportunidade de apresentar ao público toda a linha de produtos, com destaque para o Haval H6 nacional.

Segundo ele, o momento consolida o compromisso da GWM com o mercado brasileiro e amplia a experiência do consumidor com a marca. A fábrica de Iracemápolis iniciou a produção em agosto de 2025 com três linhas:

• Haval H6: versões híbrida, híbrida plug-in e gasolina.
• Haval H9: movido a diesel.
• Poer (poder): picape diesel de médio porte.

Fernandes afirmou que novos modelos serão integrados de acordo com o comportamento e a demanda do consumidor brasileiro. O CEO confirmou que a montadora irá incorporar a tecnologia flex à linha híbrida. O Haval H6 híbrido e híbrido plug-in serão compatíveis com etanol em 2026. Fernandes também detalhou a evolução comercial da GWM no país:

• 2023: 12 mil veículos vendidos
• 2024: 29 mil
• 2025: 42 mil (estimativa de fechamento)

O crescimento projetado para 2025 é de 45% — em comparação com uma expansão de apenas 1% para a indústria. Para a matriz, o Brasil é estratégico por dois motivos:

1. É um dos maiores mercados do mundo, com potencial para regressar ao patamar dos 3,6 milhões de veículos anuais.
2. Deveria tornar-se um centro de produção e exportação para toda a América Latina.

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Questionado, o executivo explicou que a sede global da empresa fica em Baoding, no centro-norte da China — região onde a marca nasceu e mantém grande parte de sua operação industrial.

A China abriga cerca de 130 fabricantes automotivos, tornando o mercado um dos mais competitivos do mundo. Mesmo assim, a GWM mantém posição de destaque, pois é a maior montadora privada do país, além de deter 50% do mercado de picapes —uma em cada duas vendidas é da marca. Isto resulta numa forte presença no segmento 4×4 com a linha Tank, permanecendo o Haval H6 entre os modelos mais relevantes.

Com as montadoras tradicionais acelerando a eletrificação no Brasil, a concorrência está crescendo. Mas, segundo Fernandes, a tecnologia da GWM ainda está “muito à frente” e deve continuar a evoluir antes que os rivais atinjam o mesmo nível. Além dos motores híbridos de última geração, o executivo destacou:

• 99% de serviço no centro de distribuição de peças (acima da média de 90%–95%).
• Técnicos altamente qualificados.
• Pós-venda com foco na experiência do cliente.

“Nosso objetivo é ser uma marca especial e admirada pelo consumidor brasileiro”, afirmou.

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