O mercado imobiliário dos EUA começa a mostrar sinais de mudança, com os inquilinos a recuperarem algum do seu poder de negociação com os proprietários. Em outubro, o aluguel médio nacional caiu para US$ 1.708, uma queda de 0,3% em relação a setembro, segundo a CoStar. O movimento representou a maior queda para o mês em mais de 15 anos e marcou o terceiro mês consecutivo de variação negativa.
A desaceleração está ligada ao aumento significativo da oferta, uma vez que as construtoras deverão concluir, em 2024, o maior volume de habitações multifamiliares em mais de meio século, segundo a Zillow. Com mais unidades disponíveis, os proprietários ampliaram as concessões para fechar novos contratos de aluguel, como meses de aluguel grátis ou vagas de garagem, benefícios presentes em 37% das ofertas — percentual bem acima dos 14,4% registrados em 2019.
Neste contexto, os inquilinos têm agora mais espaço para negociar valores, afirma Justin Pogue, gestor imobiliário há duas décadas e autor de “Rental Secrets”. Ele avalia que os proprietários enfrentam desafios semelhantes aos dos pequenos negócios e, por isso, valorizam os locatários que contribuem para a redução dos problemas do dia a dia.
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Para Pogue, ser um inquilino exemplar — pagar em dia, manter um bom relacionamento e evitar conflitos — já gera vantagens na hora de negociar. Ele ressalta que o comportamento inadequado de alguns moradores afasta bons locatários e aumenta a carga de trabalho dos proprietários, que podem cogitar descontos para quem ajuda a manter a harmonia do imóvel ou se dispõe a realizar pequenas tarefas, como receber encomendas ou cuidar da área externa.
O especialista destaca ainda que os inquilinos têm mais força do que imaginam na hora de negociar. A alternativa para o proprietário é lidar com um período de vacância, o que gera custos de limpeza, reparos e perda de receita. Segundo ele, um imóvel vazio por duas semanas ou até um mês pode representar gastos de difícil recuperação, mesmo com um aluguel maior para o próximo morador. Portanto, renovar o contrato mantendo o valor atual pode ser mais vantajoso para o proprietário do que arriscar um novo inquilino.
Outra estratégia é pesquisar valores de propriedades comparáveis em regiões mais amplas do que aquelas usadas por proprietários e gestores. Pogue ressalta que os inquilinos têm liberdade para considerar opções em diferentes direções de seu deslocamento diário, enquanto muitos gestores analisam apenas imóveis próximos. Com isso, o locatário pode apresentar dados concretos e demonstrar que o preço pedido não é competitivo.
Ele sugere um roteiro simples: mostrar os aluguéis dos locais onde o inquilino aceitaria morar e apontar por que a oferta atual está acima do mercado. Dessa forma, afirma, o proprietário entende com mais clareza qual é a real concorrência pela estadia daquele morador.
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