Prefeito de SP fala em novos investimentos, expansão de eventos e foco ambiental

Em entrevista com Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBCo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunesafirmou nesta terça-feira (18) que a capital vive “um momento muito positivo” na atração de eventos, empresas e investimentos estrangeiros. Esse movimento, segundo ele, tem impacto direto na geração de empregos, na receita e na imagem internacional da cidade.

Segundo a prefeitura, São Paulo registrou 59% mais eventos no primeiro semestre de 2025 face ao período homólogo do ano anterior, passando o sector a constituir uma das engrenagens centrais da estratégia económica da cidade. “Quando falamos em trazer eventos para São Paulo, estamos falando em geração de empregos e geração de renda”, afirmou.

O impacto econômico da Fórmula 1

O prefeito destacou o retorno econômico da Fórmula 1, hoje principal evento âncora da capital. Segundo ele, a etapa do Autódromo de Interlagos gerou R$ 2,2 bilhões em transações financeiras e mais de 20 mil empregos.

“São 170 países observando positivamente a cidade de São Paulo”, disse. Ele acrescentou que 70% do público é de fora da capitale 15% vem do exterioro que pressiona setores como hotéis e transportes. “Os hotéis atingiram 100% de ocupação.”

Nunes também citou o festival NFL e The Town entre os eventos de maior impacto econômico, além do Carnaval, que reuniu 15 milhões de pessoas nos desfiles de rua, número superior ao de Salvador e Rio.

86 mil empresas migraram para a capital

Ao reforçar o desempenho do ambiente econômico, o prefeito afirmou que 86 mil empresas de outros estados migraram para São Paulo desde o início de sua gestão, além da abertura de 847 mil novos negócios no período.

“Isso nos permitiu atingir agora a menor taxa de desemprego da série histórica, 5,2%”, afirmou. Para Nunes, a combinação do investimento privado, da parceria com o sector público e da simplificação fiscal impulsionou o crescimento económico: “Embora estejamos a reduzir impostos, estamos a aumentar as receitas e o investimento em infra-estruturas”.

Internacionalização e busca por investimentos

Nunes destacou ainda a receptividade dos investidores estrangeiros. Ele destacou a participação da Prefeitura na GITEX Global, em Dubai, para apresentar projetos de inovação e atrair empresas.

“O mundo inteiro vê São Paulo hoje de forma muito positiva, com sua capacidade empresarial, empreendedorismo, sustentabilidade e questões sociais”, afirmou. O prefeito também confirmou que GITEX será realizado em São Paulo em 2027.

Segundo ele, a cidade recebe cerca de 17 milhões de turistas por anoser 2 milhões de estrangeirosapoiado por uma rede hoteleira “fantástica” e por uma infra-estrutura modernizada.

Expansão do metrô e melhoria do acesso aos aeroportos

Questionado sobre os gargalos na recepção de turistas internacionais, principalmente com o transporte público, Nunes afirmou que a cidade avançou, mas reconheceu que ainda há melhorias necessárias.

Ele elogiou a retomada das obras da Linha 17-Ouro pelo governo do estado, que ligará o sistema ao Aeroporto de Congonhas: “Está parada desde 2013, é um absurdo”. A previsão, segundo ele, é de funcionamento assistido em março e pleno funcionamento em julho de 2025.

Nunes também mencionou a expansão do metrô. “Em 50 anos foram construídos 104 km. O Governador Tarcísio tem atualmente 36 km em construção e vai iniciar mais 20 km”, afirmou. No transporte público, ele destacou que 100% da frota de ônibus conta com ar condicionado, acessibilidade e USB.

Ônibus elétrico

O prefeito afirmou que a agenda ambiental é prioritária e rejeitou associações com o negacionismo climático. “Esse não é o meu caso, muito pelo contrário”, disse ele.

Ele enfatizou o avanço da frota de ônibus elétricos, que atingiu mil veículos. “Quando tiramos de circulação os ônibus a diesel, deixamos de consumir 35 mil litros de óleo diesel por veículo. Com mil ônibus elétricos, são 35 milhões de litros a menos por ano.”

Nunes explicou que a transição energética depende tanto da determinação política como do financiamento. “Um ônibus a diesel custa R$ 700 mil; um ônibus elétrico custa R$ 2,5 milhões. R$ 6,5 bilhões para aquisição de ônibus elétricos.”

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