O governo federal definiu dois pontos centrais que você deseja modificar na substituição do PL Antifaçãoapresentado pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP): o papel da Polícia Federal (PF) em operações contra o crime organizado e retirada da Lei Antiterrorismo como base para penalidades para facções – mantendo a estrutura apenas em Lei das Organizações Criminosas.
De acordo com membros do governo, o uso da lei anti-terrorismo abre espaço para interferência internacional no Brasil.
Durante reunião de líderes na Câmara nesta terça-feira (11), o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE)afirmou que as negociações seguirão até quarta-feira (12), quando a matéria deverá ser votada no plenário.
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Guimarães reforçou que o governo está disposto a negociar”até o amanhecer”para construir consenso.
O texto de Derrite recebeu críticas da PF, de especialistas e do próprio governo por operações conjuntas subordinadas à autorização dos governadores. Após a repercussão negativa, o relator recuou e retirou o aparelho —mas acrescentou a exigência de que a PF notificar os estados com antecedência antes das operações contra facções.
Guimarães rejeitou a proposta: “A Polícia Federal tem autonomia para realizar as operações desejadas. A atribuição da PF não é retirada nem acrescentada”, afirmou.
Disputa sobre terrorismo
O segundo ponto de conflito envolve a tentativa de Derrite de aplicar penas equivalentes às da Lei Antiterrorismo para membros da facção. O governo concorda em endurecer as puniçõesmas apenas dentro da Lei das Organizações Criminosas, evitando efeitos colaterais internacionais.
Guimarães citou o risco económico: “Existem fundos soberanos, como Arábia Sauditaque não podem investir em países que tenham ligações com organizações classificadas como terroristas”.
No parecer, Derrite argumenta que não está classificando as facções como terrorismo”.no sentido mais estrito”, mas punindo práticas que produzam impactos sociais equivalentes. O governo discorda.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbofoi direto: “Para países estrangeiros, não haverá distinção. Dirão que o Brasil está equiparando criminosos a terroristas. Dirão que o Brasil é lar de grupos terroristas.”
Apesar das divergências o líder do PP na Câmara Doutor Luizinho (PP-RJ)defendeu o relator e afirmou que a Câmara precisa chegar a um texto consensual: “Teremos um relatório que seja correto com o Brasil e que poder ser aprovado em plenário”, garantiu.
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