A opinião do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para o PL Antifação pode comprometer as investigações em curso sobre as ações do crime organizado no setor de combustíveisdisse nesta terça-feira (11) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo ele, o texto enfraquece o desempenho do Receita Federal e de Polícia Federal (PF) no combate às organizações criminosas.
“Estão abrindo caminho para a consolidação do crime organizado no paíscom o enfraquecimento da Receita Federal e da Polícia Federal. É um absurdo”, disse Haddad, destacando que o projeto protege justamente o “andar superior” das facções.
O ministro afirmou ainda que o relatório não foi discutido com o governo e provocado “incômodo“nos órgãos de controle. Segundo ele, a aprovação colocaria em risco as operações em andamento, como Operação Carbono Ocultoque investiga a máfia dos combustíveis no Rio de Janeiro.
“Recebi informações de que toda a operação contra a máfia do combustível ficaria comprometida caso o relatório seja aprovado”, afirmou. Um dos pontos mais críticos, segundo Haddad, é a exigência de julgamento final para investigações fiscais de rotina.
Reação do governo
O Palácio do Planalto montou uma resposta emergencial para reagir ao parecer. Ministros participam da estratégia Ricardo Lewandowski, Gleisi Hoffmann e o diretor-geral da PF, Andrey Rodrigues.
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Lewandowski já havia classificado como “inconstitucional” o trecho que prevê a notificação prévia da PF antes das investigações. O governo está considerando ativar o Supremo Tribunal Federal (STF) se o relatório for aprovado como está.
Discussão na Câmara
O Presidente da Câmara, Hugo Mottaadiou a votação do texto. Ele afirmou que ainda não há consensoe que novas versões sejam apresentadas.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE)disse que busca um acordo: “Vamos negociar com o relator até amanhã —e, se for preciso, a noite toda”.
O relatório de Derrite – que também é secretário de Segurança Pública de São Paulo – foi questionado por membros do governo. Gleisi Hoffmann criticou a escolha, enquanto Doutor Luizinho (PP-RJ) defendeu a nomeação.
Pontos de divergência
O governo critica trechos que: alteram o Lei Antiterrorismorestringir o confisco de benslimitar o desempenho de PF contra facções e criar um risco de criminalização dos movimentos sociais.
Derrite fez ajustes, mas foram considerados insuficientes por técnicos da PF e membros do Executivo.
Guimarães disse acreditar em um acordo: “Queremos construir o mesmo nível de consenso que tivemos no projeto do Imposto de Renda”.
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