Os acionistas da Tesla aprovaram, com 75% de apoio, o novo plano de remuneração do CEO Elon Musk, avaliado em quase US$ 1 trilhão. A votação foi feita durante a reunião anual da empresa, realizada nesta quinta-feira (6) em Austin, no Texas.
O conselho de administração recomendou a aprovação do pacote, apresentado em setembro, apesar das principais consultoras de votação – Glass Lewis e ISS – terem aconselhado os seus clientes a rejeitá-lo. O plano prevê a outorga de 12 lotes de ações vinculadas ao cumprimento de metas financeiras e operacionais ao longo da próxima década.
Se todos os objetivos forem alcançados, a participação de Musk na Tesla aumentará de cerca de 13% para 25%, o que acrescentaria mais de 423 milhões de ações ao seu patrimônio. O primeiro lote será concedido quando a empresa atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, acima dos atuais US$ 1,54 trilhão. As demais parcelas serão liberadas à medida que o valor de mercado aumentar em incrementos de US$ 500 bilhões, até um máximo de US$ 6,5 trilhões. Os dois últimos objetivos exigem que a Tesla atinja US$ 8,5 trilhões em valor de mercado.
Além dos objetivos financeiros, o pacote de remuneração inclui metas de desempenho vinculadas à expansão das operações e ao avanço tecnológico. Entre eles estão 20 milhões de veículos entregues, 10 milhões de assinaturas ativas do sistema de direção autônoma (Full Self-Driving), 1 milhão de robôs entregues e 1 milhão de robotáxis em operação comercial. Até setembro, a Tesla havia ultrapassado a marca de 8 milhões de veículos entregues.
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O documento submetido aos acionistas não esclarece se as subscrições do FSD podem incluir períodos de teste gratuitos. Atualmente, a Tesla oferece o sistema “FSD Supervisionado” nos Estados Unidos, que ainda requer supervisão humana. O objetivo a longo prazo é eliminar esta necessidade.
O plano também estabelece metas anuais de lucro ajustado entre US$ 50 bilhões e US$ 400 bilhões. No terceiro trimestre, a Tesla reportou EBITDA ajustado de US$ 4,2 bilhões. Segundo a Reuters, mesmo sem cumprir todas as metas, Musk poderá obter dezenas de bilhões de dólares se atingir os marcos mais acessíveis, acumulando mais de US$ 50 bilhões em ganhos.
O acordo inclui uma lista de “eventos cobertos” que permitiriam a Musk receber parte das ações mesmo sem cumprir integralmente as metas operacionais. Estes eventos incluem desastres naturais, guerras, pandemias e alterações nas leis ou regulamentos que prejudicam as capacidades de produção ou vendas da Tesla.
A votação ocorre depois que o Tribunal de Chancelaria de Delaware considerou irregular o plano de compensação de 2018, determinando sua anulação. Musk recorreu da decisão e o caso ainda será julgado pela Suprema Corte estadual.
Além da Tesla, Musk lidera a empresa de inteligência artificial xAI — recentemente integrada à rede social
O executivo também mantém um papel político ativo nos Estados Unidos, tendo participado nos esforços para devolver Donald Trump à Casa Branca e defendendo cortes profundos no governo federal num possível segundo mandato republicano.
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