A Pfizer anunciou nesta sexta-feira (30) que agiu, em um tribunal civil em Delaware, nos EUA, contra sua concorrente dinamarquesa Novo Nordisk, acusando-a de ter interferido na aquisição, pelo grupo farmacêutico americano, da biotecnológica Metsera, especialista em tratamentos antiobesidade, ao fazer uma contraproposta.
A empresa nova-iorquina também processou a Metsera e seus administradores por quebra abusiva de contrato, já que as duas partes haviam acertado, em setembro, uma aquisição avaliando a jovem empresa em aproximadamente US$ 4,9 bilhões (R$ 26,2 bilhões).
A Novo Nordisk é famosa pelos seus medicamentos Ozempic e Wegovy, que imitam a ação de um hormônio chamado GLP-1, contribuindo, entre outras coisas, para uma sensação de saciedade propícia à perda de peso.
Mas, depois de uma explosão nas receitas, o laboratório perde força devido ao surgimento de uma concorrência acirrada no mercado americano e, por isso, procura novas fontes de crescimento.
Tem como alvo principal o tratamento mais avançado da American Metsera, chamado MET-097i, que exigiria apenas uma injeção mensal, enquanto os produtos dominantes devem ser administrados uma vez por semana.
O MET-097i está atualmente na fase 2 de ensaios clínicos, que deverá ser seguida pela fase 3, a última antes da comercialização, exigindo um estudo em uma grande população de pacientes.
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Na quinta-feira, a Novo Nordisk surpreendeu a Pfizer ao apresentar oficialmente uma contraproposta pela Metsera, que avalia a biotecnologia em pelo menos 6 mil milhões de dólares, com a possibilidade de aumentar, sob certas condições, o preço de aquisição para 9 mil milhões de dólares.
Metsera indicou na quinta-feira que os termos do seu acordo com a Pfizer previam que o grupo americano tivesse um prazo de quatro dias para aumentar a sua oferta.
A Pfizer contesta esta interpretação e decidiu tomar medidas legais para fazer valer os seus direitos.
Ela afirma, em particular, que não é “razoável” imaginar que uma aquisição da Metsera pela Novo Nordisk possa ser concretizada, devido ao “risco” de rejeição por parte dos reguladores, uma vez que o grupo dinamarquês já detém uma posição maioritária no mercado de GPL-1.
A Pfizer, paralelamente, anunciou na sexta-feira que obteve aprovação da Autoridade da Concorrência americana, a FTC, para absorver a Metsera.
A operação da Novo Nordisk “é uma tentativa ilegal levada a cabo por uma empresa que tem uma posição dominante no mercado para reduzir a concorrência”, argumenta a gigante farmacêutica norte-americana.
Questiona também a estrutura proposta pelo seu rival dinamarquês, com uma sequência de duas etapas que lhe permitiria assumir o controlo antes mesmo de o parecer dos reguladores ser emitido.
“Metsera discorda das alegações da Pfizer e responderá a elas” perante o tribunal de Delaware, reagiu a biotecnologia.
Contactada pela AFP, a Novo Nordisk não comentou imediatamente.
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