Fintech argentina chega ao Brasil para integrar pagamentos entre os dois países; veja – Times Brasil

O fintech argentina Belo iniciou sua operação no Brasil com uma carteira digital que integra pagamentos entre os dois países. O movimento busca atender usuários que viajam frequentemente entre o Brasil e a Argentina, oferecendo transações multimoedas e o uso do Pix em estabelecimentos argentinos via QR interoperável.

Modelo combina Pix na Argentina e conversão direta entre moedas

Ao contrário das plataformas de remessas tradicionais como Nomad ou Wise, que funcionam como contas globais, Lindo funciona como uma carteira destinada ao uso diário entre os dois países. A empresa permite pagamentos na Argentina por meio do Pix, sem cobrança de IOF, além de conversão instantânea entre real, peso e dólar digital.

O modelo já ganhava apoio entre os argentinos que viajam ao Brasil e agora é válido também para os brasileiros que visitam o país vizinho. Segundo executivos da fintech, o foco é facilitar pagamentos de viagens e operações recorrentes para quem mantém rotina nos dois mercados.

Expansão ocorre em meio ao aumento do fluxo financeiro entre Brasil e Argentina

A decisão de entrar no Brasil ocorre num contexto de maior movimentação turística entre os dois países e de crescente demanda por soluções que reduzam custos cambiais. Usuários que recebem em uma moeda e gastam em outra, como profissionais remotos, estudantes e trabalhadores temporários, estão entre os perfis atendidos.

No aplicativo, é possível manter saldos simultâneos em três moedas e realizar pagamentos no comércio argentino sem depender de cartões internacionais —modalidade que costuma aplicar câmbio menos favorável e impostos adicionais.

Fintech agora também oferece serviços de viagens dentro do app

Além dos pagamentos, o fintech incorporou funções associadas a viagens internacionais, como reserva de hospedagem e compra de chip de viagem. A inclusão desses serviços indica uma tentativa de aumentar o engajamento dos usuários durante o período em que estão fora do país de origem, mas ainda dentro da plataforma.

Para o mercado brasileiro, a empresa afirma que o grupo predominante de usuários é formado por adultos entre 28 e 45 anos, público com maior familiaridade com pagamentos digitais e uso frequente do Pix.

Entrada no Brasil visa reforçar presença regional da fintech

Com a expansão, o fintech acrescenta o Brasil como mercado prioritário na estratégia de presença regional. A empresa, criada em 2021, testou inicialmente seu modelo na Argentina e agora busca ampliar o uso da carteira entre viajantes e trabalhadores que alternam gastos, recebimentos e pagamentos nas duas economias.

A entrada ocorre em meio à evolução dos meios de pagamento instantâneos no Brasil e à busca por soluções que conectem as transações internacionais ao dia a dia do usuário com menor volatilidade.

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