Geraldo Alckmin: ‘não há justificativa para essas tarifas’ – Times Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin participou de reunião entre empresários e autoridades para discutir os impactos da decisão dos Estados Unidos de reduzir parcialmente as sobretaxas de 40% sobre os produtos brasileiros (25).

Alckmin destacou que, apesar da queda nas exportações brasileiras para os EUA, as vendas americanas para o Brasil cresceram 11% este ano, reforçando a necessidade de revisão tarifária. Além disso, o vice-presidente abordou temas não tarifários, como o CBI e a aplicação dos biocombustíveis americanos, apontando avanços nas negociações.

“O G20 tem superávit — Reino Unido, Austrália e Brasil — e isso está crescendo. (…) Então, não há justificativa para essas tarifas”, apontou o deputado.

Afirmou ainda que o Brasil mantém diálogo sobre a questão tarifária, mas também sobre questões não tarifárias, que são igualmente importantes. Segundo Alckmin, há outras questões não tarifárias que estão sendo abordadas, mas que são igualmente relevantes.

• Centros de dados: “O Brasil tem um programa chamado Redata, que incentiva a instalação de data centers no país… Em um momento de inteligência artificial limitada e de escassez energética global, o Brasil tem energia abundante e renovável… O Redata já está no Congresso para ser votado, e esperamos que isso aconteça ainda este ano… É um incentivo importante para o setor”, afirmou Alckmin.
• Big Techs e Economia Digital: “A questão das Big Techs e da economia digital também precisa ser debatida… São temas que estão no radar e têm grande potencial para impactar o futuro do comércio internacional”, destacou o vice-presidente.
• Terras Raras: “O Brasil tem um papel crescente no mercado de terras raras, recursos essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas”, destacou Alckmin.

Alimi também reforçou a ideia de cooperação entre EUA-Brasil e o trabalho de Anshan e a importância do fortalecimento do diálogo e dos investimentos recíprocos. Atualmente, mais de 100 mil trabalhadores estão empregados em empresas brasileiras nos Estados Unidos, e há mais de 4 mil empresas americanas no Brasil. O objetivo é aumentar ainda mais esse número de investimentos bilaterais, o que trará crescimento às economias dos dois países.

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Linhas de crédito para empreendedores

O governo adotou diversas medidas para aumentar a soberania do Brasil. Entre as ações, foi liberado crédito no valor de 40 bilhões de reais para empresas, com juros mais baixos e fundo garantidor para quem sofreu perdas com exportações para os Estados Unidos. Além disso, o prazo para recolhimento de impostos foi prorrogado até dezembro e a prorrogação do Drawback foi prorrogada por mais um ano, permitindo que empresas que perderam exportações para os EUA direcionassem seus produtos para outros mercados.

Em relação às exportações, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a relevância do Reintegra, que oferece crédito de 3,1% do valor exportado para empresas afetadas por perdas para os Estados Unidos. Para micro e pequenas empresas, o crédito é de 6,1%. “O Reintegra é uma medida de transição e, quando a reforma tributária se consolidar, acabará a acumulação de crédito”, explicou Alckmin. Afirmou ainda que, até que a reforma seja implementada, esta transição permanecerá em vigor.

O governo também ampliou o acesso ao crédito, reduzindo o limite mínimo de perda de receitas para 1%, o que facilita o acesso ao crédito para mais empresas, incluindo fornecedores.

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