O vice-presidente Geraldo Alckmin abriu o Segmento de Alto Nível da COP30, em Belém, com discurso focado na urgência climática e no papel do Brasil na transição global via energia renovável. Diante de chefes de estado, ministros e negociadores, Alckmin afirmou que a conferência precisa ser marcada pela “verdade, implementação e responsabilidade”, destacando que as decisões atuais determinarão as condições de vida das próximas gerações.
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Nó discursoAlckmin reafirmou o compromisso do Brasil com energia renovávelcom a descarbonização da economia e o fim do desmatamento ilegal até 2030. Ele pede que a COP30 marque o início de uma década de implementação, e não apenas de metas.
Brasil quer triplicar energia renovável até 2030
Alckmin destacou que a transição energética global requer ações coordenadas e compromissos firmes. Segundo ele, o Brasil defende um plano conjunto para triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030alinhado com os objetivos internacionais.
O vice-presidente lembrou que a atual capacidade renovável no mundo está abaixo do necessário para cumprir o objetivo e afirmou que o país está a trabalhar para acelerar as políticas nacionais de expansão da energia eólica, solar, biomassa e hidrogénio de baixo carbono.
Ele também citou medidas governamentais recentes, como o aumento obrigatório da mistura de etanol na gasolina para 30% e biodiesel para 15%, reforçando a história do Brasil no uso de biocombustíveis.
O desmatamento ilegal precisa chegar a zero até 2030
O vice-presidente reforçou que proteger a Amazônia é fundamental para o clima global. Ele afirmou que o Brasil já reduziu o desmatamento em 50%, mas reconheceu que o país precisa avançar ainda mais.
Alckmin citou o lançamento do Fundo para Florestas Tropicais para Sempreque reúne bilhões de dólares em investimentos e quer aliar preservação, economia verde e inclusão social.
“O Brasil trabalha para garantir que o fim do desmatamento ilegal seja alcançado dentro do prazo. Proteger a floresta é proteger as pessoas”, disse.
Bioeconomia e mercados regulamentados de carbono
Segundo Alckmin, o avanço da bioeconomiaa restauração de áreas degradadas e os mecanismos regulamentados de carbono serão decisivos para ampliar os investimentos e alinhar os países em torno de objetivos comuns. Ele defendeu a construção de um Coalizão Global de Mercados Regulamentados de Carbonobaseada na transparência e em regras acordadas.
O vice-presidente também destacou o papel dos povos indígenas e das comunidades tradicionais como guardiões da floresta. “A Amazônia deveria ser um exemplo de que é possível cultivar, produzir e conservar ao mesmo tempo”, afirmou.
Brasil aposta em NDC ambiciosa e indústria mais limpa
Alckmin lembrou que o Brasil apresentou uma NDC revisada na COP29, com o objetivo de reduzir as emissões líquidas entre 59% e 67% até 2035, em comparação com 2005. Ele argumentou que a indústria, a tecnologia e a inovação precisam ser incorporadas ao esforço climático, com foco na descarbonização industrial, na economia circular e em novos materiais.
COP30 marca a transição da negociação para a implementação
Para Alckmin, a COP30 deve inaugurar uma nova fase, com foco na execução de políticas, na cooperação internacional e em resultados mensuráveis. Ele pediu aos países que entreguem NDCs compatíveis com o limite de 1,5°C e reforçou que o Brasil está comprometido com uma agenda climática que combina responsabilidade, ciência e justiça social.
“A hora de agir é agora”, concluiu.
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